Nessas últimas semanas, entre projetos, propostas e outras atividades, tenho me dedicado aos estudos sobre a média gestão ou média gerência. Recentemente estive nos Estados Unidos onde adquiri alguns livros e escolhi aleatoriamente começar por chamado The High Impact Middle Manager, Powerful Strategies do Thrive in the Middle, da autora Lisa Haneberg. Algo como, “O Médio Gestor de Alto Impacto. Estratégias poderosas para prosperar no meio”.
O livro apresenta inúmeros exemplos e cases de gestores que possuem um mindset voltado a resultados. Observa-se nesses profissionais uma espécie de código de ética ou o que a autora denominou como Sistema da Média Gestão de Alto Impacto, o qual é norteado por 8 princípios, a saber:
- Ser um médio gestor é prazeroso, ou seja, aqui o gestor estará sempre onde o show acontece, onde as ações pulsam e a transformação organizacional se materializa.
- A Média Gestão é uma profissão: e como tal, exige conhecimento de causa. Entender sua complexidade, dinâmica e pressão por resultado são vitais.
- Ótimo gerentes fazem aquilo que outros não fazem e não farão: O universo gerencial é cheio de tarefas indesejadas, cansativas, desgastantes e que muitos procrastinam as decisões e as ações. A pior decisão é aquela não tomada. Nem todos gostam de investir tempo em aconselhar a equipe, criar planos de trabalho, metas, cobrar resultados. Mas o gestor de alto impacto o faz com disciplina e rigor.
- Crenças determinam comportamento: Por isso é importante buscar permanentemente novas maneiras de pensar e agir para que se produza resultados diferentes. Rupturas positivas acontecem quando novas crenças vão ao encontro dos esforços para se atingir um resultado desejado.
- Relacionamento influencia resultados: Talvez esse seja o princípio mais ignorado por parte dos gestores, pois é interpretado como politicagem e “puxa-saquismo”. Não se trata disso, mas sim, de desenvolver uma influência positiva em seus pares, subordinados e superiores fomentando o trabalho em equipe e contribuindo para o ambiente de trabalho. O velho ditado diz…nunca queime suas pontes.
- Fortalezas e fraquezas gerenciais são conhecidas: As pessoas sabem e notam quais gestores são mais carismáticos, aqueles que agem na defensiva, aqueles que colocam a mão na massa (ou não), que são bons negociadores ou têm baixa performance. Sabendo disso, não há desvantagens em discutir abertamente essas fraquezas e fortalezas. Pelo contrário, o gestor nunca deveria ser o último a saber que seus traços de personalidade estão deixando sua equipe louca e estressada.
- Uma excelente gestão pode ser aprendida: Como já mencionado a média gestão é uma profissão, ou seja, um conjunto de práticas, técnicas e comportamentos que podem ser aprendidos, cultivados. Entretanto, é fundamental que o gestor ou candidato à, entenda seu papel e sua responsabilidade e busque orientação com quem já é experiente do assunto e estude.
- A média gestão existe para fazer as coisas acontecerem: Eles não estão lá para supervisionar o que está acontecendo apenas, mas sim para fazer a diferença e atuar ativamente no desenvolvimento da organização.
Se levar tudo isso em consideração e assumi-las como premissas, avanços enormes poderão ser dados na qualidade dos gestores e nos critérios utilizados para postular alguém ao cargo de gerente. Muitos entram nessa pelo simples glamour e reconhecimento social que o nome traz, mas ignoram as necessidades, demandas e obrigações que a função exige. No próximo blog trarei uma relação de como aplicar respostas orientadas a resultados nos desafios do dia-a-dia de um gestor. Gestores insatisfeitos com seus resultados poderão olhar para o modelo e descobrir como melhorar suas respostas.
Fique ligado.
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